Grazielle Alcantara
Estudantes
transgêneros poderão escolher se vão usar o banheiro masculino ou feminino e o
tipo de uniforme escolar (masculino ou feminino) de acordo com a sua identidade
de gênero. Poderão ainda ter o nome social com o qual se identifica inserido em
todos os processos administrativos da vida escolar, como matrícula, boletins,
registro de frequência, provas e até concursos públicos.
Isso é o que
determina uma resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e
Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
(CNCD/LGBT) órgão vinculado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República.
A resolução
ainda não tem força de lei, mas é uma recomendação para que as instituições de
educação adotem essas práticas para respeitar os direitos de estudantes
transgêneros. “Acho válido esse decreto, pois aqui na escola tenho problemas
com relação aos banheiros e principalmente com os uniformes. Com a resolução aprovada vai amenizar as reclamações.”,
Adriana Ribeiro, coordenadora escolar.
Esse não é a
primeira mudança, muitos avanços já foram feitos para atender aos estudantes
nesta questão de identidade de gênero. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
do ano passado já permitiu ao candidato ser identificado pelo nome social. Em
23 universidades federais o nome pelo qual o aluno se identifica também já está
sendo usado, em algumas universidades federais.
Segundo o
CNCD, a procura dos alunos pelo direito de usar o nome social é mais frequente
no ensino médio e nas universidades. Porém nem todo mundo é a favor da
resolução, a mãe de um aluno, Jussara Peres diz que não
concorda com a resolução. “Acho totalmente errado essa Lei, pois existem
crianças que não estão acostumadas com isso e vão acabar ficando confusas.”, explicou
Jussara.
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