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  • Por: Maria Zilda Oliveira



    O projeto social “Falae ouvidoria”, criado por representantes da Associação Estudantil da Cidade de Cabo Frio, (AECF), surgiu devido aos protestos de junho de 2013, tendo como objetivo apurar as pautas de reivindicações populares na Região dos Lagos. Segundo o atual coordenador do projeto, Mateus Avilino, o principal tema de desagrado popular era o transporte e mobilidade urbana, o que acabou se tornando o gancho para a criação da intitulada “faladoria”. A última ação do Falae ocorreu com o intuito de coletar dados e montar uma estatística sobre o nível de insatisfação dos visitantes da região que utiliza o serviço de transporte público local.O Falae pode ser contatado pelos telefones (22) 99842-9550 ou (22) 99977-9550 ou pelo e-mail: faladoria@bol.com.br.

    Por meio da fanpage do projeto, é fácil perceber que a ouvidoria trata diariamente de reclamações sobre diversos assuntos relacionados ao cotidiano das pessoas. Desde assuntos recentes sobre o cenário político aos habituais problemas com o transporte público das cidades da região. Nos primeiros dias de maio, as cidades de Búzios e Cabo Frio foram palco da mais recente ação do grupo – citada acima. O evento consistiu em pesquisar, junto à população, de forma qualitativa a visão do turista sobre o sistema de transporte público do local. O objetivo foi apresentar em números os desejos da população e dos usuários do serviço, dando visibilidade às opiniões sobre os possíveis aprimoramentos entre outras coisas.

    Questionado sobre a importância da ouvidoria para a sociedade, Mateus foi enfático: “A Faladoria trata de assuntos relevantes e conta com parcerias, como associações de classe e órgãos regulamentadores, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), conselhos municipais e entidades de classe.Por meio disso, encaminha as reclamações através de ofício para o setor de responsabilidade e após isso direciona a resposta ao reclamante.” Já sobre as parceiras nessa iniciativa, o coordenador afirma que existem e com instituições públicas e privadas também, tendo como objetivo direcionar as reclamações direto para o setor de interesse e com respaldo para disponibilizar a resposta ao reclamante. Entre os apoiadores estão: Auto viação Salineira, Conselho de transporte, OAB Cabo Frio, SEPE Lagos e Jovem TV.
    Por: Deisi Lopes


    Achar bonitinho uma criança gordinha, é bastante natural mas saiba que gordura não é sinônimo de saúde.  No Brasil o excesso de peso infantil triplicou nos últimos 20 anos, hoje estima- se que 30% das crianças e adolescentes brasileiros estejam acima do peso. Junto com esses números, acompanhamos em paralelo o aumento de doenças de adultos cada vez mais   presente em crianças.

    Até muito pouco tempo atrás não se propunha perda de peso para crianças ou adolescentes que ainda não tinham entrado no estirão de crescimento. Hoje a realidade é outra e desafio maior esta em conseguir reeducar crianças que foram alimentados com comidas altamente calóricas desde muito cedo.

     A transição na alimentação e o incentivo a pratica de esporte para é necessário para um bom desenvolvimento físico. Mas para os pais, as coisas nem sempre são fáceis, pois exige uma reeducação alimentar de todos os membros da família. “­Se a criança tem a exemplo dentro de casa, vendo os pais comer frutas e saladas, ela vai aceitar tudo com mais tranqüilidade.

    Fato é que, se passar a infância obesa, certamente será um adulto obeso ”esclarece o nutricionista Alexandre Lisboa. Por isso, é essencial estabelecer dietas saudáveis desde cedo e ficar alerta ao sobrepeso e a obesidade dos pequenos. Lucas dos Gomes, de 12 anos, estava com 6 quilos acima do peso, tinha e já tinha as taxas de triglicerídeos e colesterol altas. Resultado: Precisou seguir uma dieta rigorosíssima,e eliminar de vez as guloseimas do seu cotidiano. "Lucas ficou mal-humorado, foi bem difícil ele preferia ficar com fome a comer o que era proposto. Mas hoje já sabe a importância e os benefícios de tudo isso.” Conta a mãe Eleonora Gomes.

    Manter uma dieta saudável nessa fase da vida, é essencial para um futuro longe de doenças e cheio de autoestima. 
    Por: Maria Zilda Oliveira


    Estar com alguém e ao mesmo tempo não estar. Essa é um das consequências dos tempos modernos. Acordar e ter como primeira tarefa do dia checar as novidades no celular. Estar num encontro com amigos em que conversas olho no olho estão cada vez mais raras, em que cada um se isola no seu facebook, instagram ou novo aplicativo. Passear na praia, assistir a um show, comemorar um aniversário e perceber que todos têm que estar conectados aos aparelhos e não as pessoas. Isso é o que o curta-metragem “I forgot my phone” apresenta.O curta, postado no Youtube, já foi visto por mais de 47 milhões de pessoas que por meio de seus comentários ao vídeo afirmam que essa rotina “fictícia” não é tão incomum atualmente.

    A empresa Google lançou, há poucos anos, a pesquisa: “Nosso planeta mobile: Brasil, como entender o usuário do celular”. A pesquisa revelou que os smartphones se tornaram indispensáveis no cotidiano dos brasileiros. A propagação dos smartphones atinge 14% da população e esses usuários dependem cada vez mais de seus dispositivos. 73%  acessam a Internet todos os dias no smartphone e muitos nunca saem de casa sem ele. Os números apresentados na pesquisa revelam o uso excessivo desses aparelhos, uma das consequências negativas disso é a Nomofobia - termo que vem do inglês “no mobile” –, ou seja, o medo exagerado de ficar sem o celular.

    A Nomofobia virou objeto de estudo da pesquisadora Ana Lúcia Spear King do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em entrevista ao jornal O Globo, ela afirma que a linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se use muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social.  A especialista, pioneira do estudo no país, lembra que esta fobia não é exclusiva para dependentes do uso de celular. “Quando surge uma nova tecnologia, ela afeta o comportamento das pessoas. Aquele aparelho provoca uma mudança e temos que nos adaptar”, informa Anna Lúcia.


    O Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB) atende a pessoas que sofrem dessa fobia. O tratamento é feito por meio de sessões de terapia comportamental em que os profissionais gradualmente induzem os sintomas que provocam medo nos pacientes e demonstram que são inofensivos. Com a popularização dos smartphones, o problema tende a crescer, pois quanto mais interativo é o aparelho maior é o potencial de dependência. O coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Cristiano Nabuco de Abreu dá o alerta: A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas.
     Por Priscilla Rayane


    Quando se fala em moda muitas pessoas acham que o assunto está restrito a mulheres, porém a estética masculina vem ganhando grande visibilidade. Os homens estão cada vez mais criando e seguindo tendências. Não se trata apenas de ser vaidoso ou não, agora eles podem escolher entre inúmeros estilos. Alguns gêneros da moda, como o estilo hipster, se estabelecem de forma mais imponente e vão tomando a mente de muitos adolescentes, jovens e até mesmo homens mais maduros. 

    Esse tipo de estética é o oposto do metrossexual e alguns homens que seguem o modelo hipster são taxados de desleixados por quem não conhece esse estilo. Segundo a especialista em moda, Victória Mendes, algumas das características marcantes do hipster é ser criativo, excêntrico; adotar cabelos curtos, barba grande, bigode; usar um visual retro como jaquetas de couro, óculos com armações grossas e camisa xadex; além de bermudas curtas, calças apertadas, blusas com gola em V e gravatas borboleta. “O essencial é ter criatividade para saber combinar as peças. Não se trata de uma modinha convencional, e sim um gosto ousado que foge do comum”, destacou Victória Mendes. 


    O estilo hipster também pode surgir associado ao gosto musical, como aconteceu com o estudante de publicidade João Pedro. Ele conta que sempre foi meio eclético, gostando de estéticas diferentes, e que quando passou a escutar mais indie rock e música alternativa foi se apropriando do estilo hipster. O jovem ainda explica que seguir esse estilo é admirar e valorizar artistas e criadores independentes e talentosos, que muitas vezes não são largamente conhecidos. “Ser hipster é fugir do padrão e não se contentar em consumir apenas o conteúdo produzido para as grandes massas”, afirmou João Pedro.
    Estar atento com o que acontece no mundo da moda não é função apenas do setor de vestuário. 

    O estilo hipster reflete muito além das lojas de roupas, chegando, por exemplo, as barbearias e salões de beleza que precisam se adaptar e estão sofrendo impactos positivos. Carlos Peres é barbeiro há 15 anos e afirma que o movimento na barbearia vem aumentando graças ao estilo hipster. “Os homens que seguem esse estilo são adeptos a barbas grandes e bigodes chamativos e pro hipster não serve qualquer barba, é preciso que seja bem feita e bem cuidada” constatou Carlos Peres.
    Por Jullyana Martins 


    A claustrofobia, uma das fobias mais comuns, trata-se do medo ou incômodo profundo que o indivíduo tem em permanecer em ambientes fechados, podendo levar a um ataque de pânico dentro de elevadores, salas lotadas e áreas muito pequenas. De acordo com a psicóloga Lourdes Cavalcante, a doença interfere na rotina das pessoas devido aos sintomas desconfortáveis. “Os principais sintomas da claustrofobia são a ansiedade, sentimento de medo, sudorese e taquicardia. Ambos colaboram para uma possível crise de pânico”, diz Lourdes. 

    Entre as principais causas da claustrofobia está algum episódio traumático sofrido na infância. Letícia Almeida tinha nove anos e estava em uma festa quando ficou presa dentro de um banheiro sem circulação de ar. “Gritei por socorro, mas ninguém me ouviu. Fiquei lá por quase trinta minutos. Eu suava, mal conseguia respirar. Foi quando alguém tentou abrir a porta e eu pedi por ajuda”, conta Letícia. Hoje, com 22 anos, a jovem desenvolveu a doença e fica tensa ao usar elevador e frenquentar lugares pequenos. “Sempre lembro desse dia e tenho a sensação de que vai acontecer de novo”, diz Letícia. 

    Segundo a psicóloga, o transtorno também pode estar relacionado à genética familiar. “Se algum parente tiver claustrofobia e manifestá-la perto da criança, ela pode desenvolver a fobia quando adulta. Isto porque os pais, ao transmitirem as sensações de medo e insegurança para os filhos, influenciam no comportamento deles”, diz Lourdes. A psicóloga explica que o tratamento pode ser realizado através de sessões de psicoterapia. “O uso de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos também ajudam a diminuir o desenvolvimento da doença e o risco do surgimento da depressão”, ressalta. 

    Outro método para o controle da doença é através da Terapia Cognitiva Comportamental (TCC). Nesse tratamento, o paciente é condicionado a assistir outras pessoas enfrentando situações que lhe causariam o ataque de pânico. O método ajuda o indivíduo a lidar com as emoções e assumir o controle da situação. “É possível controlar a claustrofobia, mas o resultado só aparece se o tratamento for seguido corretamente”, finaliza a psicóloga.
    Por: Ana Menezes



    De olho na Feira Brasil Offshore 2015, que acontecerá entre os dias 23 e 26 de junho, a Prefeitura de Macaé elaborou o Programa Bem Receber, direcionado aos taxistas e seus auxiliares cadastrados no município. O objetivo do Programa é preparar os taxistas para melhor atenderem aos turistas durante a realização da Feira e também no cotidiano. O projeto é realizado por meio das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico e de Mobilidade Urbana.

    De acordo com a organização do Programa Bem Receber, o cadastramento é obrigatório a todos que pretendem atender aos turistas e macaenses durante a realização do evento offshore. O cadastramento será realizado no dia 29 de maio, em dois turnos, no Auditório do SENAI, no bairro Botafogo . Na oportunidade, os taxistas receberão instruções sobre o funcionamento e receberão a credencial, que dará acesso ao Centro de Convenções.

    Tratar o turista como se ele fosse o único, dar-lhe orientações corretamente, recebê-lo como se fosse hóspede em sua casa, cativá-lo por meio de cordialidade,  ajudá-lo a descobrir o que a cidade tem a oferecer, serão assuntos abordados durante o cadastramento, pelo palestrante José Cestari, taxista de Porto Alegre. Segundo o José Cestari, “quando um turista chega a algum destino, ele vai pedir ajuda ao primeiro taxista na cidade e o mesmo deve estar preparado para atendê-lo. Nós somos o cartão de visita das cidades e a primeira impressão é a que fica".

    O secretário de Desenvolvimento Econômico, Vandré Guimarães, comentou que há uma grande importância do taxista para o turismo de uma cidade, pois geralmente é com esse profissional que o turista faz o primeiro contato quando chega ao município. "Neste dia 29 de maio, às 15h, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim) também haverá palestras sobre hospitalidade e turismo, para comerciários, guardas municipais, guardas de trânsito e policiais militares.

    De acordo com o prefeito, Dr. Aluízio, serão 122 táxis a mais circulando durante o evento. Já na iniciativa privada, a diretora de atendimento da empresa, locadora de veículos, Localiza, Cristina Chaves, confirma o aumento de demanda por aluguel de carros. “Durante a feira, a empresa oferece mais automóveis porque a procura cresce cerca de 30%. Fazemos um treinamento especial para os funcionários e estendemos a carga horária da locadora durante os três dias”, afirmou.

    Feira Brasil Offshore

    A Feira Brasil Offshore 2015 será entre os dias 23 a 26 de Junho no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho. Está consolidada no mercado com mais de 10 anos de existência, é organizada e promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis e SPE - Sociedade de Engenheiros de Petróleo. A Brasil Offshore permite que profissionais ligados à área do petróleo busquem e discutam novas tecnologias de exploração e produção, debatam novas ideias, observem e  descubram soluções para o potencial do mercado offshore brasileiro. É a terceira maior feira da indústria offshore do mundo e se realiza a cada dois anos em Macaé, base das operações e responsável por mais de 80% da exploração Offshore do Brasil.

    Em 2013, 855 expositores nacionais e estrangeiros e 51 mil visitantes participaram do evento. A expectativa da organização é que a feira tenha um crescimento de 7% a 10% na edição de 2015. Para isso, são esperados mais de 800 expositores, e cerca de 53 mil visitantes, além de representantes de 38 países, mais de R$ 1 bilhão em negócios, e 18 mil empregos diretos e indiretos. A Brasil Offshore terá as conferências "Perspectivas para a revitalização de campos maduros" e "O futuro do petróleo", além das Rodadas de Negócios.

    "Por mérito, Macaé se tornou sede oficial da Feira Brasil Offshore. Além de ser reconhecida como a Capital do Petróleo, o município tem hoje um amplo Polo Industrial do setor, possui centenas de empresas, nacionais e internacionais, instaladas em sua extensão territorial", destacou e o prefeito de Macaé, Dr Aluizio, também presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro).

    Rede Hoteleira e Gastronomia


    Na rede hoteleira, cerca de 60% das vagas estão reservadas. De acordo com a gerente do Hotel Blue Tree, que fica no final da Praia do Pecado, e conta com 130 apartamentos, Paula Lima, nos dias do evento, o local fica com a sua ocupação completa. “As empresas procuram antecipar as hospedagens de seus funcionários. Parecido com a Fórmula 1, que acontece em Interlagos, em São Paulo. Estamos com 60% da capacidade vendida. Em outras feiras tivemos que colocar camas extras para atender à demanda. Quem faz reserva tem 30 dias para pagar pelo menos 50% do valor inteiro”, destacou.


    Já no setor gastronômico, o dono do Kebäb Store, Diego Dias, explicou que na última Brasil Offshore, em 2013, cabiam cerca de 50 pessoas, e ele teve que realocar mais 20 mesas, com quatro lugares cada do lado de fora, e mesmo assim, tinha fila. "Para este ano vamos contratar mais três garçons e dois cozinheiros,  vou fazer uma combinação de um prato com uma cerveja artesanal brasileira. É uma época excelente porque há 70% de aumento mais ou menos" ressaltou o empresário.
    Por: Ana Menezes




    O núcleo do Narcóticos Anônimos (NA) em Macaé realiza um trabalho voluntário que tem como objetivo ajudar as pessoas se libertarem da dependência química e sua graves consequências. O NA é uma irmandade sem fins lucrativos, que realiza reuniões regularmente para homens e mulheres que resolveram procurar ajuda, onde todos são bem-vindos, independente da idade, situação financeira, raça, opção sexual, religião ou falta de religião. Macaé possui cerca de 1.300 presenças mensais nas reuniões de apoio.

    A missão do NA é controlar a adicção que é uma doença física, mental e espiritual, onde adicto significa “escravo de”, ou seja, dependente. Seus membros são chamados de adictos em recuperação. A adicção é uma doença que não tem cura, portanto o seu tratamento deve ser feito até o fim vida, pois a pessoa é sua própria responsável, e nas reuniões os membros priorizam a honestidade de contar como têm vivido nesse processo de abstinência química. O Narcóticos Anônimos explica que a base dessa doença é a obcessão e compulsão pelo uso das drogas, e isso precisa ser controlado. E droga é tudo aquilo que altera o ânimo e humor das pessoas, podendo ser também o álcool e altas dosagens de remédios sem prescrição médica.

    As reuniões fluem por meio do programa de empatia, que funciona pelo incentivo de ouvir pessoas que vêm superando a doença e se mantendo limpas dos entorpecentes. Cada membro possui cerca de dez minutos para compartilhar experiências. E nesse tempo todos os outros devem ouvir em silencio. O tempo do desabafo pode ser maior ou menor dependendo da quantidade de pessoas presentes. O novo membro quando chega ao grupo escolhe o seu padrinho, aquela pessoa que está a mais tempo limpo (sem usar drogas), para ajudá-lo nesse processo de superação. Existe um sistema de fichas, que vai premiando os membros de acordo com seu tempo limpos. Eles ganham um prêmio simbólico em forma de chaveiro, onde descreve o sucesso do tratamento.

    O recém-chegado é o membro mais importante

    Segundo um servidor do NA de Macaé, este é um programa de total abstinência de todas as drogas e o único requisito para ser membro é o desejo de parar de usar. Para o Narcóticos Anônimos o recém–chegado é a pessoa mais importante em qualquer reunião, porque só dando eles podem manter o que têm. "Qualquer pessoa pode juntar-se a nós, não estamos interessados no que ou quanto a pessoa usou, quais eram os seus contatos, no que fez no passado, no quanto ela tem ou deixa de ter", frisou o servidor. Acrescentando que "só nos interessa o que a pessoa quer fazer a respeito do seu problema e como podemos ajudar. Aprendemos com nossa experiência coletiva que aqueles que continuam voltando regularmente às nossas reuniões mantêm-se limpos", ressaltou.

    De acordo com o Comitês de Serviço Regionais (CSR), no estado do Rio de Janeiro, são 4.182 reuniões, e 1.509 grupos. Em Macaé são cinco grupos formados e um em formação, quais fazem parte do Comitê de Serviços da Área (CSA) Litoral. Além de Macaé, grupos das cidades de Rio das Ostras, Cabos Frio e Búzios também fazem parte do CSA Litoral. 

    Cada grupo possui um secretário, chamado de abnegado/servidor, que é responsável por direcionar cada reunião. Para se tornar um servidor o adicto deve ter no mínimo três meses limpo, não é necessário ser profissional da área da saúde, apenas ter boa vontade de estudar a literatura do NA e passar essas informações para ajudar outros membros. O servidor compartilha sua experiência do mundo das drogas, relata o tempo de limpo, dá dicas de superação do vício, realiza o balanço de presença e progresso dos membros, e também passa essas informações ao coordenador do seu CSA. Também existe a reunião geral, que acontece nos EUA, onde comparecerem os delegados de cada CSR. É dessa forma organizada que o Narcóticos Anônimos estimula pessoas a voltar a viver livre dos vícios, e reconquistar tudo que foi perdido pelo uso das drogas.

    O NA em Macaé possui dois telefones de atendimentos, chamados Linha de Ajuda 24h: (22) 99267-4913 / (22) 99810-2867. De acordo com um dos servidores, pessoas ligam em extremas situações provocadas pelo uso das drogas. Exemplos: pessoas desesperadas, alegando que não aguentam mais ser dependente, querendo se suicidar, mães alegando que apanham do filho adicto. E a função dessa linha é encaminhar o usuário ao grupo mais próximo de sua casa, e informá-los os dias e horários de reuniões.

    História de superação do uso das drogas

     F.G (30), natural de Resende – RJ, começou a usar drogas com apenas 12 anos de idade. Na época ele era estudante e para se enturmar com o grupo de amigos popular da escola, passou a frequentar encontros e festas onde fumava por hobby a ‘Cannabis satiba’, conhecida como maconha. Com o passar do tempo F.G passou a ser usuário de drogas mais fortes, como êxtase e cocaína. Como consequência ele perdeu a afetividade com a família e começou a ter mau desempenho na escola, se tornando um adolescente rebelde. Por usar as drogas todos os dias, ele teve complicações de saúde, com doenças como gastrite e pancreatite. No ano de 2002, com 17 anos, F.G foi internado em uma clínica de recuperação para alcoólatras, em Volta Redonda.

    Assim que saiu da clínica, ele se casou, conquistou seu apartamento, carro, e seu próprio empreendimento.  Mas, ele tinha o pensamento que álcool não era droga, e com isso, em pouco tempo voltou a beber socialmente, depois foi aumentando as doses, até cair novamente no mundo dos entorpecentes. Nessa época, ele andava transtornado, cada vez mais dependente das drogas, fato que causou sua separação matrimonial, e perda de tudo que tinha. O dependente químico deixou de ser sócio no empreendimento, vendeu apartamento e carro, chegou ao fundo do poço e voltou a morar com seus pais. Nesse período ele tinha 22 anos, foi quando a sua adicção piorou, pois passou a andar com os traficantes do bairro, e fazia qualquer negócio pelas drogas. Chegou ao estágio de sofrer três crises de overdose, pesando 65 quilos e ficou internado por dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

    Nessa fase sua família resolveu interná-lo mais uma vez, só que a força, pelo sistema de internação involuntária. F.G ficou sete meses e quatro dias nessa clínica para dependentes químicos, localizada no interior de São Paulo. “No primeiro mês da segunda internação foi muito difícil, pois passei os piores momentos, não me lembro de muita coisa, vivia em outro mundo, alucinado pela abstinência”, contou F.G. Nessa clínica F.G conheceu o Narcóticos Anônimos, em uma palestra realizada pelo subcomitê de Hospitais e Internações (HI), foi quando descobriu que sofria de uma doença e existia uma solução. “Foi a luz no fim do túnel, pois achava que eu não tinha mais jeito, não aguentava mais aquela vida, foi a oportunidade que dei para mim”, ressaltou ele.

    Em 2011, F.G saiu da clínica e veio direto pra Macaé, onde procurou ajuda imediata do NA, e começou a frequentar as reuniões do Grupo Paz Amor. Nos primeiros três meses ele ficou morando de favor na casa de parentes, até reconquistar a confiança dos seus pais, e alugar um pequeno apartamento. Com a ajuda da família ele voltou a estudar, se formou em técnico de mecânica, e hoje se especializa em inspeção de solda. Livre dos vícios das drogas, ele recuperou tudo que perdeu, mobilhou seu lar, comprou outro carro, e hoje trabalha como metrologista na área on e offshore no polo empresarial de Macaé.
    “Agradeço ao NA, pois foi com sua ajuda que voltei a ser uma pessoa produtiva na sociedade. Não tenho mais problemas de saúde, não tomo nenhum remédio, estou no meu peso ideal, reconquistei minha paz interior e a confiança das pessoas”, esclareceu. F.G é um servidor do NA e ajuda outras pessoas vencer as drogas. “Realizo o trabalho de HI, trabalho esse que um dia me apresentou a solução para o meu problema. Eu ajudo as pessoas, porque na verdade elas também me ajudam. O nosso empenho no Narcóticos Anônimos é uma forma de retribuir todo apoio, e também nos manter nesse foco de distância das drogas” frisou.   

    NA surgiu dos Alcoólicos Anônimos

    A irmandade dos Narcóticos Anônimos surgiu dos Alcoólicos Anônimos (AA), pois a coordenação percebeu que os membros do AA também eram usuários de outras drogas. O NA nasceu no Sul da Califórnia – EUA, em julho de 1953. Sua filial no Brasil existe há mais de 25 anos. O NA não tem subterfúgios, não é filiado a nenhuma outra organização, não tem matrícula nem taxas, não há compromissos escritos, nem promessas a fazer a ninguém. Não estão ligados a nenhum grupo político, religioso ou policial e, em nenhum momento, seus membros estão sob vigilância.

    O sistema do NA é organizado por meio dos Comitês de Serviços de Área (CSA) e Comitês de Serviços de Região (CSR). Um conjunto de grupos forma o CSA, e o conjunto de CSA forma o CSR. No Brasil são sete regiões. E o sustento do funcionamento dos grupos é baseado na 7ª tradição NA, que explica “grupo de NA deverá ser totalmente autossustentável, recusando contribuições de fora”. Com isso seus membros ajudam no sustendo, doando o que puder, para custear as contas mensais, como aluguel de salão, taxa de água e luz, mas o NA deixa claro que a contribuição não é obrigatória.


    Além dos comitês, existem os subcomitês, onde são os realizados os serviços prestados. São eles: Hospitais e Instituições (HI): realiza palestras em prisões, abrigos para menores infratores, clínicas de reabilitação, manicômios dentro outras instituições; Informação ao Público (IP): oferece palestras em escolas, empresas públicas e privadas, batalhões de polícias; Relações Públicas (RP): funciona em conjunto com o IP, realiza contatos para participações em eventos, e locais que serão visitados; Revisão e Tradução de Literatura (SRTL): reúne servidores que dominam a língua inglesa para traduzir os livros institucionais do NA que chegam do Estados Unidos; Longo Alcance (LA): se responsabiliza de visitar e ajudar grupos distantes, em locais de difícil acesso; Linha de Ajuda (LA): comitê responsável por atender chamadas de emergências dos adictos, trabalho de plantão 24h.

    O NA possui suas 12 tradições, conceitos e passos. As 12 tradições são as regras de proteção do grupo e irmandade. Os 12 conceitos são as regras para os servidores. E os 12 passos funciona como uma programação de libertação, para os membros abandonarem o mundo das drogas.